sábado, fevereiro 04, 2006

last week.

Definitivamente não tenho capacidade de jogar com sentimentos. Quando eu sinto, é muito real, é muito sincero, é muito intenso e sobretudo transparente. Descobri um certo equilíbrio. E nesse momento, estar exposta a esses sentimentos não tem mais me derrubado. Estou aprendendo a simplesmente aceitar, sem me torturar, sem síndromes de rejeição. Tenho que confessar que não foi, nem é fácil.
Continuo eu na minha busca por compreensão. E essa semana, entendi que também por cuidados. Eu gosto de cuidar de pessoas. E muito e muito tempo, procurei pessoas que talvez precisassem de cuidados e os assumi, feliz. Mas depois entrei num período de carência excessiva e não entendia de onde vinha esse sentimento. Caiu a ficha. Num relacionamento, eu normalmente assumo um papel de tomar conta. E depois de tanto tomar conta dos outros, quando eu queria alguém para tomar conta de mim, simplesmente não existia essa pessoa. Acho que muito pela posição em que eu mesma me coloco. Tá na hora de buscar algo mais maduro e equilibrado, e ser mais realista.
Ultimamente tenho tido dificuldade de conhecer pessoas que estejam numa pilha parecida comigo. Não, eu não quero casar. Mas eu cansei desses relacionamentos relâmpagos sem envolvimento, sem sentimentos, sem intensidade. Cansei dessas mil palavras que ouço, sem que signifiquem nada. Aliás, ultimamente anda difícil até acreditar em palavras, porque elas andam tão vazias, tão sem significados. Uma amiga minha repetiu pra mim essa semana uma frase de um rabino, que dizia mais ou menos o seguinte : para prestar atenção no que as mulheres dizem, e no que os homens fazem. Quando nós mulheres falamos alguma coisa, não é fake. Enquanto que os homens tem essa capacidade de falar um monte, sem que uma palavra seja realmente verdadeira. A verdade é que não queria ter que aprender a lidar com essa realidade. Não me agrada.